quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Não existe Destino além daquele que nós fazemos" John Connor

 Eu havia ficado com ela, fazia alguns dias, ela era muito bonita, simpática e me entendia. Ela havia sido muito boa pra mim e eu estava muito a fim de ter um relacionamento sério com ela, eu queria muito ter alguém pra dividir minha solidão e havia encontrado, essa é a verdade. Nos vimos algumas vezes, rapidamente, naquela semana, até que eu estava no pátio do colégio e ela chegou pra falar comigo, só que eu estava realmente muito puto com algum outro problema e não tinha como eu conversar com ela. . . .

 Posso falar com vc. um pouco ? me disse ela encostando do meu lado no balcão da cantina.

 Não, agora não ! Falei e fui saindo . . .

 Algum problema comigo ? Me disse ela segurando meu braço,

 Não, não é com vc, não tem nada haver com vc, só não dá pra eu falar agora. Falei secamente como às vezes eu sou, frio e seco. Eu estava muito nervoso, só não lembro agora porque.

 No dia seguinte, eu acho que resolvi os meus problemas e fui pra aula pensando nela, pensando em largar a aula e ficar conversando com ela, sairmos, eu estudava a noite. Finalmente havia encontrado alguém, alguém que eu sonhava em ter do meu lado já fazia algum tempo.

 Hoje não vai haver aula ! Me disse um amigo, 
 Mas porque?
 Taninha morreu!
 Como assim, cara que história e essa ?
 Não sei parece que sofreu um acidente, vamos lá.

 Em principio eu achei que era sacanagem , eu tinha uns amigos bem canalhas, simplesmente não acreditei.

 Eu não tive coragem de chegar perto, havia realmente um caixão e tudo era verdade. Foi uma facada que eu levei, pelas costas, dói, dói muito, até hoje quando me lembro incomoda. Trinta anos passados

 Eu posso estar muito puto com qualquer coisa, mas não deixo sobras pra ninguém, se eu estiver zangado, e chegar uma pessoa perto q não tem nada haver com meu problema, eu me controlo e trato da melhor maneira possível essa outra pessoa. Depois desse fato eu passei a "ver" os sentimentos das outras pessoas, mesmo que elas não queiram demonstrar, eu sinto, até de pessoas na rua, passando por mim. Eu sou como uma antena quebrada, que capta os sentimentos da alma, mas não capta os pensamentos.

 Esse dom que eu desenvolvi (dom é karma! ), me empurrou pelo caminho do Mago, me fez buscar o Eu interior, e procurar consertar essa antena; melhorou . . . bastante . . .

 Orientação para vida, conhecimento, educação, o meio em que crescemos, são coisas que fazem parte de nosso karma, que na realidade, é o que torna até certo ponto nosso futuro previsível.

 Eu sinto não ter sido mais bem orientado, mas pensando bem, quem realmente foi . . . 


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