sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resultados . . .


Parte 2 - Nem é aos poucos, é bem rápido .

Estratégias de Manipulação

As estratégias e as técnicas dos donos do mundo para a manipulação das opinião pública e da sociedade....

1. A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.

 

A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.

“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”.)

 

2. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar uma certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

 

3. A ESTRATÉGIA DA DEGRADAÇÃO

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas tem sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, reassentamentos, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.

 

4. A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO

Uma outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Em fim, isto dá mais tempo ao público pata acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

Um exemplo recente: a passagem para o Euro e a perca da soberania monetária e econômica tem sido aceitos pelos países Europeus em 1994-1995 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais da ALCA (o FTAA) que os Estados Unidos tem imposto desde 2001 aos países de todo o continente americano (Central e Sul da América) apesar de suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida para 2005.

 

5. DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e uma entonação particularmente infantil, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante.

Por que?

“Se se dirige a uma pessoa como se tivesse a idade de 12 anos então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade”.

 

6. UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...

 

7. MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE

Fazer como que se o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.

“A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores” (ver “armas silenciosas para guerras tranqüilas”)

 

8. Promover ao público a ser complacente na mediocridade

Promover ao público a achar “cool” pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto...

 

9. REFORÇAR A REVOLTA PELA CULPABILIDADE

Fazer o individuo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo auto-desvalida-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!...

 

10. CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência tem gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças a biologia, a neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

Fonte: http://perso.wanadoo.fr/metasystems/ES/Manipulations.html 


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vem crescendo aos poucos - parte 1

Televisão:
da informação a desinformação

UMA NOVA CENSURA

O principio básico da censura moderna consiste em inundar as informações essenciais com um dilúvio de noticias insignificantes difundidas por uma multidão de meios de comunicação social com conteúdos similares.

Isto permite que a nova censura tenha todas as aparências da pluralidade e da democracia.

Esta estratégia de entretenimento e distração se aplica em primeiro lugar aos noticiários televisados, principal fonte de informação pública.

 

Da informação à desinformação...

Desde o inicio dos anos 90, os noticiários de televisão não contém quase informação. Seguem se chamando “Noticiários de Televisão” quando na realidade deveriam se chamar “magazines ou revistas”.

Um noticiário contém em média no máximo de 2 a 3 minutos de informação. O resto está constituído de reportagens anedóticas, de fatos diversos, de micro-câmeras das quais quase sempre se reportam a vida cotidiana dos chamados reality-shows.

...e uma censura sem censores

Toda sutileza da censura moderna reside na ausência de censores. Estes tem sido eficazmente reforçados pela “Lei de Mercado” e a “Lei de Audiência”. Pelo simples jogo de condições econômicas habilmente criadas, os canais de televisão já não mais dispõe de meios financeiros para realizar reportagens verdadeiramente periódicas, e sem dúvida, ao mesmo tempo, o reality-show e as micro-câmeras arrastam mais audiência a um custo muito mais reduzido.

 

Mesmo os acontecimentos importantes são tratados debaixo de um angulo de “revista”, pelo canto dos olhos. Desse modo, uma encontro internacional dará lugar a uma entrevista do organizador do “encontro”, com as imagens de limusines oficiais e as saudações diante de algum edifício, porém, nenhuma informação, nenhuma analise com relação ao temas discutidos pelos chefes de Estado. Da mesma forma, um atentado será coberto por micro-câmeras em quase todos os lugares do drama, com as impressões e testemunhos dos passantes, ou a entrevista de um “recadista” ou um oficial de polícia.

 

A estas insignificâncias se seguem os esportes, os fatos diversos, as reportagens pitorescas sobre as profundezas da França (ou de qualquer outro país), sem duvidar das publicidades disfarçadas por produtos culturais fazendo o objeto de uma campanha (espetáculos, filmes, livros, discos...).

Informação desestruturada para uma memorização mínima.

Todos os sociólogos e especialistas da neurociência sabem que a memorização da informação por parte do cérebro se faz de melhor forma em função da forma estruturada e hierarquizada em que é apresentada a informação.

A estruturação e a hierarquização da informação são também princípios de base ensinados a todos os estudantes de periódicos.

Sem dúvida, nestes últimos 10 anos, os noticiários de televisão fazem exatamente o contrário, encadeando em desordem temas excêntricos e de importância desigual (um fato diverso, um pouco de política, esportes, um tema social, um outro fato diverso, logo de novo política, etc.) como se o objetivo buscado fosse obter a pior memorização possível das informações para o público. Uma publicação amnésica é de fato muito mais fácil de manipular...

Fonte: http://perso.wanadoo.fr/metasystems/ES/JTContents.html


A informação hoje, é muito mais CENSURADA e manipulada do que a época do desgoverno/ditadura militar.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

OBJETIVO

Om fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. O sofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda do reino dos deuses (isto é, de morrerem e renascerem em reinos inferiores). Este sofrimento vem do orgulho.
*Ma fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses guerreiros (sânsc. asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante. Este sofrimento vem da inveja.
*Ni fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. O sofrimento dos humanos é o nascimento, a doença, a velhice e a morte. Este sofrimento vem do desejo.
*Pad fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino animal. O sofrimento dos animais é o da estupidez, da rapina de um sobre o outro, de ser morto pelos homens para obterem carne, peles, etc; e de ser morto pelas feras por dever. Este sofrimento vem da ignorância.
*Me fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos fantasmas famintos (sânsc. pretas). O sofrimento dos fantasmas famintos é o da fome e o da sede. Este sofrimento vem da ganância.
*Hum fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino do inferno. O sofrimento dos infernos é o calor e o frio. Este sofrimento vem da raiva ou do ódio.

É o mantra mais entoado pelos budistas tibetanos.

É tão simples e profundo que eu quis copiar colar aqui.

MARAVILHAMENTO


O objectivo último do Zen é aquilo que é conhecido como Satori em Japonês, e Sambodhi – ou abhisamaya em Sânscrito. Isto é: iluminação, como ensinava Daisetz Suzuki.

A palavra abhisamaya terá surgido da fusão dos termos Sânscritos abhyasa e maya. O primeiro designa aquilo que poderíamos dizer como método, exercício, aplicação prática.

Maya, tão frequente e vulgarmente usada no Ocidente, significa literalmente aquela que mede. A partícula *ma, tem sua origem no Indo Europeu, e indicava os conceitos de mãe, de matéria, de matriz.

Essa partícula Indo Europeia também implicava a ideia de energia criativa, impulso criativo e, num certo sentido, também a noção de descoberta, de insight.

Vulgarmente traduzida por ilusão, o termo maya originalmente tem o significado de energia criativa. Apenas depois, alguns milhares de anos após a sua criação, com a tradição Vedanta, por volta do século VIII, é que maya passa a significar ilusão.

Mas há uma estreita ligação entre as duas significações – relançando-nos directamente à raiz Indo Europeia.

O que é aquilo que percebemos no tempo e no espaço senão pura ilusão?

Mas, para percebermos qualquer coisa é necessário existir o impulso da descoberta, sem o qual não há o maravilhamento.

Como não lembrar Sócrates ao defender que a base da filosofia é o maravilhamento?
Essa é a natureza primeira da criança, da invenção e da estética.

Assim, abhisamaya, ou iluminação, significa na sua essência exercício do impulso criativo.

Joseph Beuys percebeu que era isso o que acontecia.

Resgatou na religião dois elementos que revelariam a sua arte. Dois elementos formadores da própria ideia de religião – a antiga matriz Latina religare e a posterior expressão medieval relegere. Daquela, Beuys resgatou da Natureza, enquanto processo, a ideia de ilusão na percepção – palavra que surge do Latim ludus, e que significa etimologicamente contra jogo – mas também a ideia de impulso criativo.

É aqui que surge o conceito de Natureza ao nível antropológico. Uma volta pelo avesso através da própria cultura.

Com a segunda expressão Latina, relegere, Beuys se lançou ao método, ao exercício do fazer, da acção.

Um percurso que ilumina a natureza daquilo a que chamamos de arte, no final do segundo milénio.

A ilusão, o contra jogo, a crítica da cultura, estabelecida pelo maravilhamento da descoberta.

A obra de Beuys ultrapassa em muito a ideia de objecto, de evento fechado no tempo e no espaço.

Ela opera o processo enquanto uma complexa trama de relações.

Assim, ela se desmaterializa – mas, ultrapassando o nível da arte conceptual.

Não se trata de uma obra literária, no sentido de se estabelecer no universo simbólico, um universo de conteúdos, de símbolos.

Ela implica uma diferente estratégia de organização das coisas.

Ilusão e iluminação, maravilhamento e exercício do impulso criativo, relegere e religare.

E, como não pode estar presa no tempo e no espaço, ela já não pode ser mais exclusivamente Joseph Beuys, mas é um pouco de todos nós.

Toda essa viagem de pensamento – e todas essas ideias – poderia ser aplicada a qualquer grande artista Ocidental, de qualquer época, em qualquer lugar.

Por isso, trata-se de uma questão antropológica segundo a qual o impulso criativo nunca poderia ser propriedade exclusiva de alguém.

Tal como acontece com a música, pois os sons, como as ideias, não podem ser guardadas num cofre.

Beuys, como John Cage, como Satie ou como Merce Cunningham entre muitos outros, aproximaram arte e música, no caminho da iluminação.

Num antigo koan do século XII, Tai-Hui questionava apontando para uma pequena vareta de bambú: “Se alguém disser que isto é uma vareta, será uma afirmação. Se se disser que não é uma vareta, será uma negação. Além da afirmação e da negação, como poderíamos chamar a isto?”.

Maya!


Emanuel Dimas Pimenta

Sobre Joseph Beuys