quarta-feira, 10 de setembro de 2014

DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA - A soberania na corda bamba - filme completo






  

Temos a opção de não se submeter a escravidão e termos uma guerra civil provocada ao estilo da Síria ,  Egito , entre outros onde Alá condena o pagamento de juros.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"Eu poderia viver recluso em uma casca de noz....."

Frater AEC
Compartilhada publicamente  - 
21/08/2014



Namkhai Norbu Rinpoche deu ensinamentos Dzogchen comentando a famosa “Invocação de Samantabhadra”, que é um ensinamento-terma do ciclo Gongpa Zangthal. “Gongpa” significa “o verdadeiro estado” e “Zangthal”, “transparante, todo penetrante”. Esta é uma das mais célebres invocações utilizadas no ensinamento Dzogchen.

Não se trata somente de uma invocação, mas de uma explicação completa da prática do Dzogchen — da base, caminho e fruto. Reconhecendo que tudo é a potencialidade de seu próprio estado, Samantabhadra nunca cai no dualismo e é sempre a mais pura presença, iluminada desde o princípio. Os seres, porém, não reconhecem as diversas manifestações de som, luz e raios como sua própria natureza e, caindo no dualismo, experimentam os ilusórios sofrimentos do samsara. O verdadeiro Samantabhadra é o conhecimento direto de nosso próprio estado — este é nosso Guru-Raiz, a natureza de nossa própria mente, o estado do Mestre. Reconhecer isto e permanecer neste reconhecimento é Guru Yoga.


 A Natureza do Dzogchen - parte 3 #Dzogchen 
Aqui o comentário começa a embalar o intelecto com seus clichês, ao estabelecer elaborações através de uma conexão causal, ao mesmo tempo em que vai destruindo – desconstruindo - a estrutura do intelecto, indicando o estado natural do ser, a realidade supra-racional da Grande Perfeição, que sempre jaz imanente no momento intemporal. Aqui, a linguagem auto-referente da tradição indica a base não-estruturada de toda linguagem. Como essa realidade existe na ausência de características, atributos ou funções, emprega-se o método dos Upanishads "Nem isto! Nem aquilo!". O mistério da Grande Perfeição reside na sua realidade inefável, não-dual, que é uma unidade, mas ao mesmo tempo, uma multiplicidade. É ao mesmo tempo a fonte e a criação. É inconcebível e inexprimível. É a mente iluminada, a mente pura. O objetivo do Dzogchen é revelar toda a experiência de como é essa realidade. O ensinamento são os princípios evidentes por si mesmos, apresentados na série A Mente Dzogchen.

Não há nada a fazer! ‘Não-ação' or 'ação não-direcionada' é o que define a natureza, o ethos e a dinâmica da Grande Perfeição. O aqui-e-agora é um campo de imanente uniformidade. Qualquer tentativa de afetá-lo ou mudá-lo a partir de uma técnica qualquer é contraproducente. Qualquer emprego de esforço lhe diminui. Procurá-lo é impedir-lhe a descoberta. Não-ação é o preceito que define a inclinação natural da natureza da mente ou a ausência de qualquer inclinação nesse sentido para que a dinâmica evidente do campo de realidade seja descristalizada em gnose.

Nada de meditação! Nada de disciplina! A mente pura que é a natureza de toda a experiência jamais vem a ser ou deixa de ser; ela não pode ser criada ou destruída: ela não tem estrutura. Ela não pode, portanto, ser acessada através da atividade estruturada de disciplina calculada, e toda meditação orientada para um objetivo é atividade estruturada. Abandonando toda e qualquer prática, inclusive toda técnica de meditação que condiciona a mente e que tem como foco um objeto da visão, da audição ou do pensamento, não existe meditação, mas apenas um continuum interminável de mente pura. Não-meditação e não-estrutura são ilustradas especificamente na Quarta transmissão, intitulada Minério de Ouro Puro.

Nada de progresso! Nada de desenvolvimento num processo gradativo! O momento é perfeito e completo em si mesmo e nada superior pode se efetuar. Não há possibilidade de alcançar algo mais desejável do que o momento presente. Nada de crescimento pessoal é possível. É impossível a evolução no sentido de um objetivo maior. Não há maturidade que se possa antecipar. A noção de processo em si é redundante, porque ela funciona através do tempo num padrão linear ilusório construído pelo intelecto.

Não há lugar para se ir! O aqui-e-agora é sempre completo no momento presente, portanto, não há caminho a seguir, não há busca, não há viagem, não há destino. É impossível mover-se em direção de ou afastar-se da realidade da mente pura, uma vez que ela está sempre aqui e agora. O processo inevitável e universal da realidade que a tudo permeia é sempre imanente. Não há outro destino senão a dinâmica natural libertadora do momento. Isto é ensinado especificamente em Criatividade Radical. [continua]

DOWMAN, Keith. Radical Dzogchen / Eye of the Storm - Vairotsana's Five Original Transmissions, p. xvi-xvii, Vajra Publications, Kathmandu, Nepal, 2006. Tradução Roberto Carlos de Paula.