segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Plutocracia

Violência, vamos viver sem violência? Como é que vamos viver sem violência se há uma violência letárgica ideológica, somada a um retrocesso político? Você vê políticos, artistas, executivos, empresários, enfim, um naco social de aparência sordidamente próspera, escorregando pela vida, sendo conivente com o obscurantismo. O que essa gente incompetente, desprovida de brilhantismo ou arte, faz dos nossos dias? São pessoas geradas pela mais miserável das violências: a falta de talento.

“A arte virou um frívolo veiculo de entretenimento estéril, de violência “bem comportada” poder de tanta assepsia feliz. Arte que se torna impotente diante da conivência bovina de seus autores. . . Não dá pra ver tanta gente presa (presa mesmo) por erros judiciais brutais. Não dá pra engolir a Justiça amortalhada por mantos de propina, ver vidas desmoronando pelas leis que regem tão arbitrariamente o lado mais fraco da sociedade pois essa justiça sempre guarda um sorriso ao dinheiro “criando dificuldades pra vender facilidades”

Lobão – 1987

Plutocracia, é o governo dos ricos. O que fica muito obscuro é: Quem é relmente rico? Quem tem o dinheiro, ou quem cria o dinheiro? Ou ainda aqueles que criaram o sistema que cria o dinheiro? Ou seriam aqueles que podem dominara sua Alma?

Tudo aponta em uma mesma direção, a violência enraizada na cultura, nos filmes, no noticiário, nos jogos, a busca incessante pelo dinheiro, que nunca vai ser seu, pois não existe realmente e não se pode cria-lo. Nas campanhas a preencher com preocupações adicionais a nossa mente.

Nascemos escravos de um sistema, que nós não conseguimos ver pois estamos inseridos nele, ou seja, toda nossa vida foi desenvolvida dentro desse sistema, somos escravos, ou, somos como frangos na granja; programados para comer e por ovos até a morte.

Há uma força dominante que desenvolveu esse monstro ao longo de gerações e vem aperfeiçoando e controlando esse monstro em direção a um “Admirável Mundo Novo”, mas sem felicidade. No mundo novo, não haverá felicidade, alegria às vezes, mas todos podem de alguma forma extravasar suas emoções, e quando vc quiser paz, paz interior, vc tem que voltar a ele, ao criador do sistema.

Lobão escreveu as linhas acima, em 1987. Um visionário? Um Homem a frente do seu tempo? Não, apenas uma vitima que sentiu e observou o peso da “negatividade”, da pressão de forças obscuras dominates que passo a passo desenrolam uma estruturação desse mundo novo que está se formando.

Ivan - 2011


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Classe o dinheiro NÃO compra


No dia 26 de Julho de 1984, a Folha publicou uma crítica de Miguel de Almeida sobre Lobão “ Lobão teve seu Cena de Cinema destroçado por pessoas insensíveis. O mundo não tem mais espaço para quem acredita na guitarra miúda de Pepeu Gomes ou na algazarra da Xuxa. Em companhia de Maria Lima Lobão fez um genial disco, há quase dois anos, e mostrava como era possível se falar de uma geração inquieta e informada, envolvida com insolúveis vidas na metrópole urbana . . .

Segundo o Jornal, Lobão “ainda era um pirralho lobinho” quando aconteceu o golpe de 1964. “Tinha um titio e dele ouviu algo que seguiu a risca, como incrível e fundamental conselho: O movimento vinha pra ficar por pelo menos 30 anos, tempo necessário para deixar as escolas esvaziadas de qualquer ensinamento mais profundo

Extraído de : “50 Anos a mil” Lobão

Ficou aqui sem querer o registro, a prova mesmo, de uma dominação, de uma submissão forçada e enfiada a força no sangue da população de um país.

Qual era mesmo a gravadora? Multinacional ! Infelizmente o objetivo do golpe foi 100% alcançado.

Nos idos anos 80, final dos tempos da dita, ouviu-se algumas vozes como a de Lobão e mais uns poucos a manifestarem a existência de . . . . . .PENSAMENTO.

Hoje temos a falência da música de “Classe” brasileira, tem-se : sertanejo, axé, forró e outros colóquios amolecidos para bovinos ressonarem.

E seria muito bom se a DORMÊNCIA cerebral fosse somente na música, mas pode-se constatar em toda parte de nosso dia a dia. Do dinheiro que manipulamos todos os dias com desenhos de animais, será mesmo que nunca houve um personagem que merecesse destaque em nossa cultura, de pintores vivos “apagados” , da arte trancafiada em cofres onde não se pode ver, de peças teatrais e livros superficiais, do bem público tendo a ANARQUITIRANIA como forma de governo e o povo a “Lutar pelos seus direitos de consumidor”

Como guarda costas mor da força dominante temos a empresa de mídia que NASCEU filha da ditadura.

E a história se repete em outros locais do mundo, o “Egito” recebia bilhões por ano para perpetuar também por 30 anos uma ditadura, agora será uma Anarquitirania, a chuva que caiu aqui agora caí lá.

Vai além da minha compreensão os motivos que movimentam tanto sofrimento.

Ivan