quinta-feira, 4 de março de 2010

OM MANI PADME HUM

A dualidade da vida

 

                        Devemos nos lembrar sempre que o homem é também uma das emanações divinas, criado na mais sublime Luz e na perfeição do Deus maior.

 

                        " Nossa consciência será mais iluminada à medida em que a dirigirmos para a Luz " , assim diz a matre no templo, porém, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; Mas quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.

 

                        No dia em que nossos corações e mentes forem totalmente dirigidos para a Luz divina, para a perfeição do Criador, todo o nosso universo interior se ordenará;

 

                        Assim o que hoje tomamos por belo, é apenas o que reporta em nossa memória a Beleza da Mãe divina; Sendo o feio o que nos recorda nossa própria queda.

 

                        O que nos traz a paz é somente a impressão de estarmos nos aproximando de nosso estado glorioso de outrora; E a guerra é a luta para chegarmos ao estado em que conseguimos sentir tais impressões.

 

                        Dominamos outros, para tentar suprir nossa carência, causada pela falta de nosso poder perdido, ou nos deixamos dominar por aqueles que nos fascinam, e temos fascínios somente como fuga de nossa dura realidade.

 

                        É o medo causado por nossa tão desastrada queda, que nos assombra, aparecendo-nos como medo da morte; E o apego a vida existe, apenas por ser a vida nossa única certeza de que ELE, o Criador existe.

 

                        Procuramos suprir com riquezas materiais e sentimentos de fecundidade o vazio deixado em nossa alma pela falta do estado glorioso, sendo o medo da pobreza, o medo de nosso próprio estado de afastamento da glória divina, e o medo da esterilidade, o medo de estarmos pior do que realmente estamos.

 

                        A verdadeira sabedoria, que não lembramos mais , procuramos preencher com conhecimentos diversos, e é insensato aquele que não parece ter nenhum tipo desses conhecimentos.

 

                        Tão terrível é a nossa queda que quando amamos, amamos nosso reflexo, vendo no outro o que achamos que falta em nós mesmos, ou às vezes, pior ainda, a titulo de nosso próprio egoísmo, vemos nosso próprio reflexo na pessoa amada. De qualquer modo amamos a centelha divina que há em cada um de nós, mesmo que por espelho, mas queríamos mesmo, e não sabemos ainda, é amar aquele que é o princípio de tudo.


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